
O ano de 2025 será lembrado como um marco para a capital paraibana. Logo no início do ano, João Pessoa figurou entre os 10 destinos em alta no mundo, segundo o ranking global da Booking.com – sendo a única cidade brasileira na lista. Na imprensa e nas redes sociais, a visibilidade fez o turismo se expandir a níveis inéditos e transformou a cidade na “Queridinha do Nordeste”. A impressão de que estava todo mundo vindo morar aqui fez o mercado imobiliário registrar alguns dos indicadores mais expressivos do país.
O aeroporto local foi o que mais cresceu entre os administrados pela Aena, com salto de 28% na movimentação de passageiros, enquanto a capital alcançou o título de cidade mais verticalizada do Nordeste, com 43% da população vivendo em apartamentos. No mesmo período, a valorização imobiliária medida pelo FipeZap chegou a 15% em 12 meses, triplicando o índice nacional.
Esse cenário ampliou a procura por imóveis e atraiu compradores de todas as regiões do país. “Cerca de 50% dos nossos clientes vêm de fora da Paraíba. É um fluxo que cresce ano após ano, impulsionado pela qualidade de vida e pela percepção de segurança e estabilidade urbana que a cidade transmite”, afirma Carlos Feitosa, sócio da Eco Construtora.
Ele destaca que o fenômeno é muito mais amplo do que uma tendência passageira. “O interesse não é apenas turístico. É residencial. Em todo lugar que se vê há reflexos desse fluxo populacional que veio visitar e está escolhendo ficar. Isso muda completamente a dinâmica da cidade e gera demanda qualificada”, complementa Feitosa.
A movimentação do setor também se explica pelo comportamento populacional único na região. Segundo o Censo, a Paraíba foi o único estado do Nordeste a registrar saldo positivo de novos moradores entre 2017 e 2022, com mais de 30 mil pessoas entrando no estado. E esse número só aumenta.
Grande parte dessas pessoas têm optado por bairros como Bessa, Jardim Oceania e Aeroclube, com este último registrando crescimento de 47% no número de habitantes em uma década e se preparando para receber seu primeiro empreendimento de alto padrão, o Eco Aeroparque. O empreendimento ficará diante do futuro Parque da Cidade, projetado para ser um dos dez maiores do Brasil.
O ano de 2025 também teve um impacto econômico importante para o setor, com a Paraíba figurando entre os estados que mais geraram empregos na construção civil. Pelo Novo Caged, mais de 600 novos postos foram abertos no setor apenas nos últimos 12 meses, totalizando 52,5 mil pessoas empregadas, sendo 67% diretamente na construção de edifícios.
“É um ciclo virtuoso que envolve fornecedores, serviços, comércio, mão de obra especializada e uma cadeia inteira que se movimenta a partir do aquecimento do mercado imobiliário”, avalia Francisco Cavalcante, também sócio da Eco. Para ele, o ano confirma que a capital consolidou um novo patamar. “O que vemos hoje é um mercado maduro, com demanda sólida, compradores mais informados e projetos alinhados a novas formas de viver, trabalhar e ocupar a cidade”.
Para 2026, a expectativa do setor é guiada pela continuidade desse ciclo. “Vivemos um período de valorização consistente, expansão urbana planejada e interesse crescente de novos moradores. Em uma cidade que combina planejamento, qualidade de vida e crescimento econômico, o mercado imobiliário segue como protagonista de um dos momentos mais promissores da capital paraibana”, conclui Cavalcante.



